Como o cenário em que sua empresa está inserida impacta os seus negócios? Pensar que o ambiente é um agente ativo quando falamos em resultados, nos faz perceber que nem sempre levamos o cenário em conta em no planejamento estratégico. Nesse sentido, não é exagero nenhum afirmar que a falta de uma boa análise de cenários pode ter um impacto extremamente negativo em seus negócios.
O que é a análise de cenários?
A análise de cenários consiste em investigar os fatores do ambiente em que uma empresa atua, com o intuito de ajustar suas estratégias de acordo com os insights do mercado.
Dessa forma, a análise de cenários é crucial para que as organizações entendam o ambiente em que estão inseridas, analisando itens como tendências de consumo, novidades tecnológicas, concorrência e fatores econômicos e políticos.
Várias ferramentas de gestão podem ser usadas para fazer uma análise de cenários. Assim, o interessante é escolher mais de uma ferramenta para que a análise seja verdadeiramente completa, considerando o cenário atual e prevendo cenários futuros.
Como fazer uma análise de cenário?
1. Definir um objetivo
Sabemos que o objetivo da análise de cenários é interpretar a posição da empresa em relação ao ambiente que ela está inserida. Entretanto, existem diferentes aspectos a serem analisados, como concorrência, oportunidades, questões políticas…
Definir qual é o objetivo da empresa com a análise irá te ajudar a escolher ferramentas corretas e a coletar e interpretar os dados. Por isso, primeiramente, defina qual é o aspecto do ambiente que o seu negócio precisa analisar no momento, considerando os aspectos do seu planejamento organizacional.
2. Escolher a ferramenta correta
Com um objetivo definido, você deverá escolher a ferramenta correta para a sua análise. Existem diversas ferramentas de gestão específicas para análise de cenários, como Análise SWOT, 5 Forças de Porter e Análise PESTEL que servem a diferentes objetivos.
A escolha da ferramenta á uma etapa muito importante para uma boa análise de cenários. Nesse sentido, se a intenção for fazer uma análise de cenário ampla, por exemplo, a empresa pode usar mais que uma ferramenta de gestão.
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3. Coletar e analisar dados
A coleta e análise de dados está sujeita as especificações da ferramenta. Algumas ferramentas, como a Análise SWOT, interpretam aspectos do ambiente interno e externo, identificando oportunidades e ameaças dentro e fora da empresa.
Assim, a empresa precisa reunir os fatores relevantes para a prática da ferramenta de análise de cenários para, então, ter um resultado assertivo. Geralmente, essa é uma etapa mais longa pois envolve o estudo aprofundado das informações coletadas.
Uma dica é focar nos dados que indicam tendências. As tendências de mercado são indicativos que nos ajudam a entender o comportamento dos consumidores e os caminhos percorridos pelos nossos principais concorrentes. Dessa forma, elas servem como um ótimo apoio na hora da tomada de decisões importantes.
4. Definir o cenário
O resultado das ferramentas de análise de cenários irá indicar se o cenário está otimista, pessimista ou realista. Esse é um indicativo para definir o rumo das estratégias que a empresa deve construir.
Nesse sentido, o cenário é o resultado qualitativo dos resultados das ferramentas de análise. Além disso, a forma de lidar com esses cenários irá depender do objetivo e da área da empresa que está fazendo a análise de cenários.
Entretanto, de forma geral, podemos dizer que os cenários pessimistas sugerem a necessidade de estratégias reativas mais agressivas, contendo os resultados negativos. Já os cenários otimistas é um “aval” para experimentações e testes de estratégias, pois a empresa está bem posicionada no mercado.
5. Construir estratégias
As ferramentas e o cenários darão todos os dados e insights necessários para a construção de estratégias eficientes e assertivas. Dessa forma, o final da análise de cenários deve ser um projeto de ação que considere os fatores levantados e a intepretação realizada.
É crucial que a análise de cenários não seja desperdiçada e desconsiderada. Por isso, mesmo que a análise tenha sido feita para um fator extremamente específico, é interessante que todos os colaboradores sejam comunicados dos resultados encontrados. Assim, os processos da empresa são mais bem alinhados em prol dessas novas estratégias.
Quais são os tipos de cenários?
Interpretando os resultados de sua análise, podemos chegar a três tipos de cenários: otimista, pessimista e realista. Esses cenários sugerem a situação da empresa de acordo com os indicadores do ambiente e ajudam a definir a urgência e importância do plano de ação.
Vale mencionar que a análise de cenários pode resultar em diferentes resultados a depender de sua intenção. O cenário pode ser otimista, por exemplo, em relação aos concorrentes da empresa e pessimista em relação às questões econômicas. Ainda assim, é possível dar um resultado “total”, que resuma a situação da empresa como um todo.
Otimista
O cenário otimista indica um resultado positivo da análise de cenários. Ele significa que a empresa está bem posicionada, e caminhando no caminho certo. Assim, provavelmente será possível afirmar que as estratégias desse negócio estão funcionando, e a organização está no caminho certo para colher bons resultados.
Entretanto, nem sempre o cenário positivo indica boas estratégias. Às vezes, o cenário positivo evidencia as oportunidades que o negócio deve aproveitar. Uma boa economia, ou novas tendências de mercado podem ser exemplos de oportunidades de mercado.
Pessimista
O cenário pessimista significa que os resultados da análise de cenários foram negativos. Nesse sentido, os cenários pessimistas costumam ser urgentes e indicam que a empresa precisa pensar em planos de ação rápidos para evitar um desastre em seus números.
Nesse contexto, é importante que a empresa tenha uma preocupação redobrada com as ameaças do mercado, aliando estratégias corretivas com ações de prevenção.
Realista
O cenário realista é um meio termo, um equilíbrio nos resultados da análise de cenários. Nesse sentido, o cenário realista geralmente indica que o cenário apresenta pontos positivos e pontos negativos para a empresa.
Dessa forma, o negócio deve aprofundar ainda mais em suas oportunidades, criando estratégias que as aproveitem. Por um outro lado, a organização também precisa considerar os pontos negativos do ambiente, ajustando suas estratégias para que elas sejam capazes de ligar com os fatores pessimistas.
As principais ferramentas para análise de cenários
As ferramentas de gestão são peças fundamentais para colocar a análise de cenário em prática. Nesse sentido, elas são escolhidas de acordo com os objetivos da análise, podendo ser mais amplas ou mais específicas.
As principais ferramentas para análise de cenários são:
Análise SWOT
A Análise SWOT é uma ferramenta que considera aspectos do ambiente interno e do ambiente externo de sua empresa. Assim, ela analisa as ameaças, as oportunidades, as forças e as fraquezas do negócio.
Nesse sentido, essa é uma ferramenta mais ampla, que analisa o ambiente organizacional como um todo. As estratégias decorrentes da Matriz SWOT consideram o funcionamento interno da empresa (como processos e cultura) e as tendências de mercado mais relevantes.
Matriz GUT
A Matriz GUT é, na verdade, uma ferramenta para análise de riscos. Optamos por incluir ela na lista de ferramentas de análise de cenários pois ela é um bom exemplo de uso específico para diminuição de riscos e resolução de inconformidades.
Dessa forma, a Matriz GUT categoriza um risco de acordo com sua gravidade, urgência e tendência. A nota resultante da matriz serve como guia para que a empresa defina se esse risco deve ser priorizado e merece uma maior atenção.
Para a análise de cenários, a Matriz GUT pode considerar aspectos do ambiente externo para definir a gravidade, a urgência e a tendência de um risco. Assim, o ideal é que ela seja usada junto com outras ferramentas de análise de cenários.
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Análise PESTEL
A Análise PESTEL é uma ferramenta de análise de cenários que considera seis fatores externos: políticos, econômicos, sociais, tecnológicos, ambientais e legais. Dessa forma, ele define as oportunidades e as ameaças dentro de cada um desses itens.
Além disso, essa é uma ótima ferramenta quando falamos em identificar as tendências de mercado. A Análise PESTEL analisa os principais pontos dos seis fatores, prevendo a situação futura do mercado e, assim, ajudando as empresas e criarem estratégias que as preparem para essas mudanças.
5 Forças de Porter
As 5 Forças de Porter funcionam de forma parecida com a Análise PESTEL, entretanto, essa ferramenta considera apenas 5 fatores do ambiente externo, que são: ameaça de produtos substitutos; ameaça de entrada de novos concorrentes; poder de negociação de clientes; poder de negociação dos fornecedores e rivalidade entre os concorrentes.
Dessa forma, fica evidente que as 5 Forças de Porter são mais específicas, focando em determinadas questões. Assim, de acordo com seu resultado, as estratégias construídas possivelmente irão atualizar os processos internos para melhorar os resultados das questões externas.
Matriz BCG
A Matriz BCG, assim como a Matriz GUT, é uma ferramenta mais específica. Nesse caso, a Matriz BCG analisa o possível desempenho de um produto, o categorizando em estrela, questionamento, vaca leiteira ou abacaxi.
As categorias são indicadas por fatores externos, que são o crescimento de mercado e a participação relativa de mercado. Assim, essa é uma ferramenta que pode ser usada para uma análise de cenários específica para desempenho de produtos.
A tecnologia é uma ameaça para sua empresa?
A análise de cenários nos convida a investigar as tendências do ambiente externo para construir estratégias que potenciam seus resultados. E não tem para onde fugir: hoje, a tecnologia é um fator presente em qualquer análise de cenários.
Empresas que investem em tecnologia deslancham, sendo líderes em relação aos seus concorrentes. Aliar tecnologia com gestão de processos e qualidade, que são grandes tendências de mercado, é uma decisão que melhora consideravelmente os resultados, diminuindo erros operacionais pela automatização de processos.
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