A análise de custo-benefício é uma ferramenta de gestão que ajuda as empresas a tomarem decisões assertivas, baseadas em dados confiáveis. Para isso, faz-se o levantamento de todos os custos do projeto, avaliando se eles condizem com os benefícios oferecidos.  

O que é análise de custo-benefício? 

Fazer uma análise de custo-benefício é uma prática comum para praticamente qualquer pessoa. Geralmente, na hora de investir em um produto, os consumidores costumam analisar se o valor que está sendo pago condiz com as entregas. Para isso, existem vários métodos que podem ajudar essas pessoas a chegarem a uma conclusão.  

Entretanto, quando uma organização decide fazer uma análise de custo-benefício, ela precisa ter muito cuidado para não deixar passar informações importantes para a avaliação. O resultado deve ser o mais preciso possível, pois as consequências de um investimento ruim, para uma empresa, causam danos que atingem várias frentes de atuação.  

Assim, a análise de custo-benefício para empresas é um método quantitativo que avalia se o valor desprendido em um projeto, programa ou política condiz com os resultados planejados e esperados na construção do plano de ação estratégico. 

Além disso, a análise de custo-benefício também pode ser:  

  • Preliminar: a análise preliminar é feita durante o planejamento do projeto. Para isso, usa-se dados estimados, usando parâmetros confiáveis para estimar os custos e os benefícios da demanda.  
  • Completa: só é possível fazer uma análise completa quando a organização investe tempo em estudar, de forma detalhada, o projeto em questão. Dessa forma, a análise completa acaba tendo resultados mais precisos, mas é recomendado que ela seja feita por profissionais qualificados que consigam estruturar este método quantitativo.  

Ferramentas de Gestão e Qualidade

Como fazer uma análise de custo-benefício? 

Sabendo que para empresas a análise de custo-benefício requer um pouco mais de rigor em sua execução, é indicado considerar a procura de um profissional especialista na área, para que ele possa dar uma consultoria especializada e garantir que a organização use dados realmente assertivos.  

O Governo do Brasil disponibiliza, por exemplo, um guia geral com instruções para a realização de uma análise socioeconômica de custo-benefício em projetos de investimento em infraestrutura, que pode ser encontrado clicando neste link. Entretanto, em outros cenários, existirão outros critérios e direcionamentos específicos importantes para análise de custo-benefício naquele contexto.  

Ainda assim, podemos mapear um passo a passo de análise de custo-benefício que serve para projetos menores, ou mesmo para avaliar investimentos e ações rotineiros, do dia a dia – que não tenham impactos danosos e realmente significativos no sucesso da empresa.  

Passo a passo para fazer a análise de custo-benefício:

 

1. Analise e descreva o cenário atual, identificando as melhorias esperadas

Investir em uma ação, especialmente em projetos e compras grandes, é um passo tomado quando a organização precisa melhorar alguma questão. Se há necessidade de melhoria, é porque existem pontos de falhas.  

Nesse sentido, o primeiro passo da análise de custo-benefício é fazer um levantamento do cenário atual. Aqui, o foco deve ser em identificar quais são as falhas mais greves, que a empresa precisa solucionar o mais rápido possível. Outras ferramentas, como a análise da árvore de falhas, podem complementar essa etapa. 

Descrever as falhas é o melhor caminho para definir quais são as melhorias esperadas. Assim, será possível construir um projeto que considere as melhorias que a empresa espera e precisa.  

Leia mais: Análise da Árvore de Falhas: o que é, como fazer e exemplo 

2. Crie um projeto que considere as opções viáveis disponíveis

Definindo quais são as falhas graves, que a empresa precisa solucionar, e quais são as melhorias desejadas, é provável que a organização se depare com diversos caminhos a serem seguidos.  

Por exemplo, se a solução for a compra de um novo equipamento, a empresa irá se deparar com várias opções no mercado. Essas opções terão funcionalidades, preços, reputações e outras caraterísticas diferentes.  

Dessa forma, a segunda etapa é criar opções de planos de ações que atendam às necessidades da organização, garantindo que as melhorias esperadas sejam atendidas. É interessante limitar o número de planos de ação, para que a análise do custo-benefício não fique tão grande.  

3. Identifique os custos

A identificação dos custos é um passo que dá um pouco mais de trabalho. Isso porque, os custos não são apenas aquilo que a organização irá pagar pelo projeto, existindo muito mais por trás disso.  

Nesse sentido, a organização deve considerar, no mínimo, os:  

  • Custos iniciais: todos os custos que a organização tem antes mesmo de tirar o projeto do papel. Neste tópico entra itens como contratação de novos profissionais, por exemplo.  
  • Custos esperados: é a estimativa total dos custos, o quanto a organização acha que irá gastar naquele projeto.  
  • Custos tangíveis: são aqueles que podem ser quantificados, mensurados. O preço de um material, por exemplo, é um custo tangível.  
  • Custos intangíveis: ocorrem quando os gastos são feitos para melhorias de um fator intangível, que não é muito bem mensurado. Por exemplo, o know-how de um colaborador é um ativo intangível, e o custo deste know-how é um custo intangível.  
  • Custos contínuos ou futuros: são os custos que não acabam quando o projeto finaliza.  
  • Custos de oportunidades financeiras: é relevante para analisar qual das alternativas oferece benefícios financeiros.  
  • Custos de oportunidades sociais: é relevante para analisar qual das alternativas oferece benefícios em oportunidades sociais.  
  • Custos médios ponderados do capital: é a média ponderada dos custos levantados.  

A análise de custos deve ser replicada para todas as opções de projetos construídas. Os custos de oportunidade financeira e de oportunidades sociais, por exemplo, são parâmetros usados para comparar duas ou mais opções entre os projetos levantados.  

4. Identifique os benefícios

Identificar os benefícios também não é a tarefa mais simples de todas. Pensando no exemplo da compra de um produto, a organização deve considerar que os benefícios prometidos nem sempre serão cumpridos. Por isso, geralmente há necessidade de avaliar, com cuidado, os reais benefícios de um projeto. 

Além disso, em alguns casos, os benefícios não são apenas financeiros. Certos projetos geram benefícios sociais, por exemplo, e é interessante que eles sejam considerados na hora da análise.  

Ademais, é preciso tomar muito cuidado para não deixar de lado os benefícios financeiros de investimento, que ocorrem quando um projeto poderá gerar retornos financeiros para a empresa depois de um determinado tempo de investimento.  

5. Calcule o ROI

O famoso ROI, retorno sobre investimento, é uma métrica estratégica na análise de custo-benefício. Entretanto, nesse caso, sua realização depende da atribuição de um valor monetário aos custos e benefícios do projeto em análise.  

O valor monetário dos custos é mais simples de atribuir, pois ele está muito envolvido com os valores que a empresa precisa investir para colocar o projeto em prática.  

O valor monetário dos benefícios é um pouco mais complicado. É necessário que a organização faça um estudo completo sobre o retorno financeiro dos benefícios desse projeto. Para isso, a empresa precisa definir valores aos benefícios intangíveis, como satisfação dos clientes ou saúde e segurança dos colaboradores, por exemplo.  

Definindo o valor monetário, será possível calcular o retorno sobre investimento. Para calcular o ROI, faz-se: 

ROI = Lucro do Investimento / Custo do Investimento x 100 

Lembrando que para encontrar o lucro do investimento basta subtrair o custo do investimento dos ganhos totais dos investimentos, ou seja: Lucro = Ganhos Totais – os Custos.   

Nesse cenário, o ROI vai ajudar os tomadores de decisão a seguirem em uma direção mais segura, fazendo escolhas com base em dados confiáveis. Por isso é tão importante que os custos e os benefícios sejam mensuráveis.  

6. Analise as opções

No momento de criação dos protótipos de projetos que poderiam atender às necessidades do negócio, os responsáveis provavelmente enxergaram mais de um caminho possível. Faz-se a análise de custo-benefício em todas as opções de projeto que a organização desenhou.

Com todas as análises prontas, os responsáveis devem avaliar qual é a melhor opção, levando em consideração os benefícios encontrados e os custos estimados. Para facilitar essa escolha, a recomendação é escolher um método de análise que facilite a visualização dos resultados que a organização encontrou.  

Os dois principais métodos de análise de custo-benefício são:  

  • Matriz de custo-benefício: a matriz de custo-benefício mensura os custos pelos benefícios. Ela deve ser dividida em quatro quadrantes: custos baixos e benefícios baixos; custos altos e benefícios baixos; custos altos e benefícios altos; custos baixos e benefícios altos. O melhor projeto se enquadrará em custos baixos e benefícios altos.  
  • Tabela de custos e de benefícios: é interessante que seja feita uma tabela só para custos, uma outra só para benefícios e uma última que relacione as duas métricas. Além disso, o uso da tabela pode ajudar a organização a construir uma matriz mais certeira, sendo os dois métodos complementares. Não deixe de personalizar a tabela de acordo com a realidade e as necessidades da organização. 

Conclusão sobre a análise de custo-benefício  

A análise de custo-benefício é mais do que uma ferramenta usual, é uma poderosa ferramenta de governança corporativa. Ela promove transparência, e ajuda na tomada de decisões estratégicas sustentáveis, efetivas e, principalmente, financeiramente seguras.  

Criando estratégias com a análise de custo-benefício  

A análise de custo-benefício fará mais pelo seu negócio do que ajudar a escolher o projeto com melhores benefícios e menores custos. A ferramenta gera insights que irão transformar a forma como você enxerga a empresa e será seu guia na tomada de decisões estratégicas.  

Mas estratégia não pode ficar só na sua cabeça 

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Amanda Chaves

Profissional com experiência em desenvolvimento de conteúdos que contribuam com as empresas e profissionais para otimizarem seus resultados.

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