Decisões em empresas são mais do que simples escolhas, elas podem determinar o sucesso ou fracasso de um negócio. Por isso, antes de se tornar uma decisão, as organizações precisam analisar muito bem os cenários possíveis para escolher o caminho mais assertivo possível. Nesse sentido, o diagrama de árvore de decisões é a ferramenta ideal para essa função.  

O que é árvore de decisões? 

A árvore de decisões é uma ferramenta para analisar possíveis cenários. O método define uma ideia primária e a destrincha em consequências plausíveis, servindo de apoio na hora da organização fazer uma decisão importante – tornando essa escolha mais assertiva.  

Nesse sentido, faz-se um diagrama de árvore de decisões, que facilita a visualização dos caminhos oriundos de uma escolha. Assim, como costumam existir diversos cenários possíveis, o diagrama da árvore de decisões é uma forma de abranger todos esses caminhos, evitando certas dúvidas e confusões.  

Dessa forma, é importante que a árvore de decisões seja preenchida com o máximo de detalhes possíveis. A precisão na descrição dos cenários ajudará a organização a ter certeza sobre suas decisões. Além disso, também será mais fácil fazer a previsão de cenários.  

Ferramentas de Gestão e Qualidade

Qual é o objetivo do diagrama de árvore de decisões?  

O objetivo do diagrama de árvore de decisões é melhorar a visualização de possíveis caminhos consequentes de uma decisão. Dessa forma, a ferramenta irá ajudar as organizações a tomarem decisões mais assertivas, com retornos em conformidade com os objetivos e contexto do negócio.  

Além disso, a árvore de decisões também apoia na previsão de cenários a partir de uma ideia. Isso porque o diagrama organiza os cenários prováveis de uma forma intuitiva e em sequência, tornando fácil perceber as consequências de uma ação.  

Leia também: Análise da Árvore de Eventos: o que é, como fazer e exemplo

Como fazer uma árvore de decisões? 

Para fazer um diagrama de árvore de decisões, o primeiro passo é conhecer os símbolos e o que eles representam. Esses símbolos irão sinalizar os caminhos possíveis a serem seguidos pela organização, ordenando a direção e as opções disponíveis.  

Os símbolos da árvore de decisão:

1. Nós de decisão

São símbolos quadrados que significa que uma decisão deverá ser tomada. Todas as árvores de decisão iniciam com esse nó. Assim, quando ele aparece, a organização deve analisar o cenário para chegar em um parecer.  

2. Nós de probabilidade/oportunidade

Os nós de probabilidade/oportunidade são representados por círculos. Eles indicam os inúmeros cenários que podem acontecer depois de uma decisão. Esses cenários são incertos, sendo apenas uma probabilidade.  

3. Ramificações alternativas

As ramificações alternativas saem dos nós de probabilidade, mostrando as consequências por trás de determinada decisão. Dessa forma, as ramificações alternativas são linhas, geralmente duplas, que indicam quais são os cenários possíveis. Assim, as ramificações alternativas, ao final, chegam até os nós de desfecho.

4. Alternativa rejeitada

A alternativa rejeitada é uma linha com dois riscos cortando. Ela indica que uma decisão foi analisada, mas não foi escolhida. Dessa forma, esse símbolo é usado sempre que um caminho for descartado.  

5. Nós de desfecho

Os nós de desfecho são representados por triângulos e indicam que um caminho chegou a seu resultado final. Cada nó de oportunidade se encaminhará para um nó de desfecho. Eles têm como papel ajudar a organização a tomar a melhor decisão possível.  

Criando um diagrama de árvore de decisões:  

Conhecendo os símbolos e suas funções, será possível criar um diagrama de árvore de decisões eficiente. Para isso, basta seguir o passo a passo:  

1. Defina o ponto de partida

O ponto de partida de uma árvore de decisão sempre será um nó de decisão. Esse nó de decisão representará uma ideia ou um projeto, é o início de tudo. Nesse sentido, ele não precisa ser detalhado e nem muito bem explicado – só precisa ser simples e direto.  

O nó de decisão deverá se ramificar em x possíveis escolhas. Geralmente, o ideal é que haja cerca de 3 ramificações, pois muitas ramificações formam uma árvore muito grande e confusa, e poucas fazem a análise ficar incompleta.  

Vamos para um exemplo simples:  

Nó de decisão (ponto de partida): lançar um produto para um novo público-alvo.  

A partir dessa ideia, a organização pensou em 2 possíveis caminhos:  

  1. Criar um novo produto do zero. 
  2. Adaptar um produto existente para o público-alvo almejado. 

2. Adicione os nós de probabilidade/oportunidade

Os nós de probabilidade/oportunidade são os resultados de cada ramificação. Dessa forma, eles são as consequências dos possíveis caminhos tomados. Os nós de probabilidade são incertos, mas a empresa deve fazer uma análise para que eles sejam os mais reais possíveis. 

Além disso, se for necessário, os nós de oportunidade podem se ramificar em outros diferentes caminhos, criando uma árvore maior e com mais ramificações. Geralmente, as árvores de decisão possuem 3 ou 4 camadas de nós de decisão.  

Portanto, voltando ao nosso exemplo do lançamento de um produto para um novo público-alvo, os nós de probabilidade devem responder a perguntas como: 

1 –  Criar um produto do zero 

  • A empresa tem profissionais suficientes para criar esse produto do zero?  
  • A empresa tem capacidade financeira para desenvolver esse produto?  
  • Qual é o cenário do prazo para o desenvolvimento desse produto?  
  • Qual é o retorno esperado?  

2 – Adaptar o produto existente para o público-alvo almejado  

  • O produto atende às necessidades desse novo público-alvo? 
  • Qual é o custo-benefício dessas adaptações, em termos de metas e prazos? 
  • Adaptar o produto gerará o impacto esperado no mercado?  
  • Adaptar o produto gerará os retornos financeiros esperados?  

Respondendo a essas perguntas, será possível estimar em qual ponto a empresa chegará se optar por um desses caminhos. Dessa forma, os nós de oportunidade evidenciam os possíveis resultados desses caminhos.  

3. Continue adicionando os nós até concluir a árvore

Como mencionado anteriormente, cada nó de oportunidade poderá gerar novas ramificações com caminhos possíveis. Dessa forma, o terceiro passo é repetir o processo de atribuição de nós de oportunidade até que a árvore esteja completa.  

Colocar várias camadas de nós de probabilidade é interessante para deixar a árvore mais ampla. Entretanto, aqui também é bom tomar cuidado para que não haja muitas ramificações e possibilidades de caminhão e, no final, o diagrama fique muito confuso (não cumprindo a sua função).  

Voltando ao nosso exemplo, vamos ramificar o caminho só mais uma vez, a título de ilustração. Ainda assim, as organizações devem ramificar os caminhos quantas vezes forem necessárias.  

 1 – Criar um produto do zero 

  • 1.1: contratar novos profissionais. Dessa forma, eles poderão integrar a equipe de desenvolvimento de produto. 
  • 1.2: terceirizar o desenvolvimento do produto. 

2 – Adaptar o produto existente para o público-alvo almejado 

  • 2.1: revistar e adicionar funcionalidades novas em produtos já existentes. 
  • 2.2: mudar apenas o marketing do produto. Assim, dará para se posicionar no público-alvo almejado. 

Nesse sentido, cada uma das ramificações deverá ter sua própria avaliação, resultando em mais um nó de oportunidade. Assim, os responsáveis pela análise devem responder perguntas pertinentes para detalhar os cenários de oportunidades de forma completa, analisando a fundo o contexto e as consequências.  

4. Atribua valores à árvore

O objetivo da árvore de decisões é ajudar a organização a tomar decisões mais assertivas. Para isso, é crucial que os cenários sejam os mais próximos da realidade possível, mesmo que eles não sejam prováveis, e não certeiros. Dessa forma, é indicado é atribuir um valor monetário, com os custos das alternativos e os retornos esperados.  

Com os valores de custo e retornos, será mais fácil visualizar no diagrama o melhor caminho a ser seguido, principalmente quando o objetivo da empresa é ter lucro nesse novo projeto. Caso o objetivo não seja financeiro, o ideal é que as métricas sejam alinhadas aos resultados esperados. Além disso, é necessário que essas métricas sejam mensuráveis. 

Nesse sentido, com todas as informações levantadas, o nosso exemplo de árvore de decisões ficaria da seguinte forma:

5. Meça resultados e implemente melhorias

O diagrama da árvore de decisões precisa chegar a um resultado, a organização deve escolher um caminho a ser seguido. A quantidade de opções possíveis vai variar de acordo com o número de ramificações feitas, e os responsáveis pela decisão devem medir cada um dos resultados para avaliar qual das opções é a melhor para os seus objetivos.  

Nesse sentido, as melhorias devem ser implementadas nos caminhos, ramificações, para que o resultado real chegue bem próximo ao resultado estimado no diagrama. Assim, a última etapa é trabalhar para que o caminho escolhido seja bem elaborado e planejado, otimizando e melhorando a prática.  

5. Acompanhe a performance da sua equipe

Depois de definir o melhor caminho, chega o momento de criar planos de ação e colocar em ação as práticas planejadas. Nesse sentido, torna-se crucial acompanhar a performance da equipe, criando indicadores para analisar métricas, definindo metas e seus prazos e consultando gráficos e relatórios que mostrem o desempenho dos colaboradores.  

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Amanda Chaves

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