Colocar um negócio para funcionar exige uma preocupação constante em inúmeras áreas que, sem um plano de negócios bem estruturado, acabam fugindo da mente. Dessa forma, o modelo de negócios Canvas propõe a organização de um projeto em 9 elementos que abrangem, de forma geral, as necessidades e o contexto de um negócio.  

O que é plano de negócios Canvas?  

O Business Model Canvas é uma ferramenta que auxilia na construção de um modelo de negócios estratégico e objetivo. Assim, ele é bastante útil tanto em novas empresas, que precisam direcionar assertivamente seus primeiros passos, quanto em organizações já experientes que desejam desenvolver novos projetos ou reestruturar processos.  

A proposta do Canvas é que ele seja uma ferramenta altamente visual e de simples compreensão. Sua visão integral do negócio, faz com que empresários e gestores consigam enxergar como as áreas se complementam e pensar em alternativas estratégicas, coerentes e inovadoras.  

Dessa forma, o modelo de negócios se divide em 4 áreas que, posteriormente, irão se subdividir em 9 elementos. Essas áreas representam resumem as principais preocupações de um negócio, sendo itens indispensáveis para o sucesso do empreendimento.  

Ferramentas de Gestão e Qualidade

As 4 áreas do Canvas:  

Apesar de contar com 9 elementos a serem preenchidos, o Canvas agrupa esses elementos em áreas com propostas parecidas. Dessa maneira, o modelo de negócios possui 4 áreas:  

1. O que?

De forma geral, descreve o objetivo do negócio. Assim, responder o “O que?” do Canvas é quase como elaborar um argumento que justifique a existência do projeto, já deixando claro quais são suas intenções e o que o diferencia do mercado.  

A área engloba:  

  • Proposta de valor. 

2. Como?

Essa área determina o caminho que a empresa percorrerá em busca de seus objetivos. Dessa forma, o “Como?”  servirá de guia na elaboração dos processos, na divisão de cargos e funções e nos materiais utilizados.  

Dentro da área “Como?” o negócio deverá responder: 

  • Principais parcerias; 
  • Principais atividades; 
  • Principais recursos.  

3. Para quem?

O modelo Canvas propõe uma área só para definir o público-alvo do projeto. Essa é uma área de extrema importância, pois serve de base para a construção de toda a estratégica tática e operacional da empresa, que deve dialogar de forma íntima com seus clientes.  

Nesse sentido, a área “Para quem?” integra: 

  • Semento de clientes;  
  • Relacionamento com os clientes; 
  • Canais de venda e distribuição.  

 4. Quanto?

Por último, a área “Quanto?” trata sobre o orçamento necessário para que o projeto saia do papel. Nesse sentido, essa área determina o quanto o negócio terá que gastar e como acontecerá o ciclo, a rotação desse dinheiro.  

A área integra: 

  • Estrutura de custos;  
  • Fonte de receitas.  

Os 9 elementos do Canvas:  

Os 9 elementos destrincham as 4 áreas, de forma que o resultado do modelo fique o mais completo e específico possível. Essa especificação é importante pois auxilia a prática, facilitando muito a fase de implementação do projeto. Nesse sentido, os 9 elementos são:  

O que?  

1. Proposta de valor:

No espaço da proposta de valor, você deverá preencher com todos os atributos que tornem seu projeto algo único e especial, tudo que o diferencia e o torna especial perante o mercado.  

Muitas pessoas brincam que essa é a hora de abrir o coração e ser bem passional. A brincadeira tem sentido: em grandes empresas, a paixão é quase sempre o fio condutor para o sucesso. Mas cuidado, isso não te libera para ser fantasioso.  

Dessa forma, dentro da proposta de valor, responde-se: 

  • O que torna o projeto valioso?  
  • Por que investir tempo e dinheiro nesse projeto?  
  • O que te dá certeza de que o projeto terá sucesso? 
  • Como o projeto resolve os problemas de seus clientes?  

Como?  

2. Principais parcerias:

Empresas não funcionam sozinho. Assim, o espaço de principais parcerias do Canvas define todos os parceiros essenciais para o andamento do projeto. Dessa forma, a lista inclui possíveis fornecedores, possíveis alianças e até contratação de prestadores de serviços.  

Na área de principais parcerias, é interessante pensar na formação de alianças e parceiros de negócios. Uma editora que publica livros infantis pode firmar parceria com escolas, por exemplo. Entretanto, apesar da importância dessas parcerias específicas, não esqueça de listar as parcerias básicas que, nesse caso seriam o fornecedor de papel para o livro e a transportadora que irá entregar os livros.  

Nesse sentido, é preciso considerar:  

  • Quais fornecedores são indispensáveis?  
  • O projeto demanda a contratação de novos profissionais?  
  • Quais são os caminhos de parceria que podemos firmar?

3. Principais atividades:

As principais atividades correspondem às principais entregas do negócio. Dessa forma, essa área vai listar todos os processos necessários para o alcance dos objetivos da empresa.  

Dentro de empresas com experiência, provavelmente será mais fácil pensar nas principais atividades, pois os processos já estarão desenhados. Entretanto, é sempre bom pensar em ações de melhoria contínua e otimização desses processos.  

Por último, as principais atividades devem ter uma relação de causa e efeito com a proposta de valor. Ou seja, o que foi prometido na proposta de valor é cumprido nas principais atividades.  

Dessa forma, é preciso responder:  

  • Quais são as atividades mais importantes?  
  • Quais serão as áreas de atuação do negócio?  
  • Como faremos a entrega de valor aos clientes?  
  • Como proporcionaremos uma experiência completa?  

A última dica é: não esqueça de incluir áreas de atuação como marketing, suporte ao cliente e outras áreas que agregam valor à empresa e ao produto, mesmo não estando diretamente envolvidas com sua fabricação. Também é interessante usar ferramentas de gestão para auxiliar na organização das atividades.

Leia também: Kanban: A arte de organizar atividades com eficiência e agilidade

4. Principais recursos:

Além das parcerias, uma empresa também precisa de equipamentos, utensílios, máquinas e outros recursos para funcionar. Nesse sentido, a área de principais recursos define os itens indispensáveis para o funcionamento do negócio.  

Nessa fase, é importante se esforçar para lembrar de absolutamente todos os itens cruciais. Esses recursos podem ser físicos, humanos, de tecnologia… A maioria das empresas, por exemplo, colocam computadores e softwares de gestão da qualidade nessa lista.  

Nesse sentido, os principais recursos consideram:  

  • Quais são os itens necessários?  
  • Quais recursos condizem com a proposta de valor?  
  • O que eu preciso para desenvolver o projeto?  

Para quem?  

5. Segmento de clientes:

O segmento de clientes define qual é o público-alvo da empresa. Nesse caso, a dica é tentar segmentar o máximo possível, chegando a um grupo pequeno de pessoas. Assim, será possível traçar estratégias mais personalizadas.  

Além disso, torna-se relevante que a segmentação de clientes condiza com a proposta de valor apresentada. Isso porque pessoas diferentes enxergam valor em produtos diferentes, e seus clientes devem enxergar valor em seus produtos.  

Assim, dentro do segmento de clientes, responde-se:  

  • Qual é o meu público-alvo esperado?  
  • Esse público-alvo reconhece minha proposta de valor?  
  • Quais são as principais características e necessidades dos meus clientes? 

6. Relacionamento com os clientes:

Empresas de renome estão constantemente traçando estratégias para aproximar o negócio de seus clientes. Mais do que serem lembradas, essas empresas querem que seus produtos se tornem parte de um estilo de vida.  

Dessa forma, a área de relacionamento com os clientes define estratégias para que a empresa se torne um estilo de vida e se torne próxima de seus clientes. Nesse sentido, muitos negócios pensam em ser acessíveis e próximas de seu público-alvo, com canais de atendimento e relacionamento personalizado.  

Nesse sentido, é preciso responder:  

  • Como o público-alvo se sentirá próximo do meu negócio?  
  • Quais caminhos para facilitar essa interação? 
  • Quais serão minhas metas de relacionamento?  

Uma dica: busque softwares que automatizam, acompanham e metrificam esse relacionamento, eles ajudam muito. 

7. Canais de venda e distribuição:

Os canais de venda, como o nome sugere, são todos os locais em que seu negócio estará presente com o intuito de vender. Aqui, é bom ter em mente que nem sempre quantidade e qualidade: escolha os locais certos para vender.  

É crucial que os canais de venda se relacionam com o público-alvo, sua empresa deve estar onde seus clientes estão. Além disso, é comum que os negócios incluam nessas listas canais de distribuição, que definem como o produto chega até o cliente.  

Dessa forma, considera-se:  

  • Em quais canais meu público-alvo compra?  
  • Onde vale a pena investir publicidade?  
  • Qual ambiente propicia minha entrega de valor? 

Quanto? 

8. Estrutura de custos:

A estrutura de custos considera todos os custos para colocar o projeto em prática. Tudo tem um valor, certo? Sua empresa precisa estar preparada para cobrir as parcerias, os recursos, os canais de distribuição e todos os outros milhares de custos.  

Nesse sentido, é importante pensar alto. É melhor fazer um orçamento mais detalhado e sobrar dinheiro do que fazer um com “custos mínimos” e acabar faltando investimento.  

Dessa forma, responde-se na estrutura de custos:  

  • Quais são meus custos fixos e variáveis?  
  • Quanto vai custar meus recursos e minhas parcerias?  

9. Fonte de receitas:

A fonte de receitas é o que paga a estrutura de custos, é de onde vem o investimento. Assim, a fonte de receitas prevê o dinheiro que seus clientes estão depostos a pagar a partir da proposta de valor que você está oferecendo para eles.  

Claro que em um primeiro momento não é possível ter certeza de que os clientes pagarão pelo seu serviço ou produto, mas com um bom planejamento estratégico é quase impossível dar errado. Ademais, esse é um momento de listar outros possíveis investimentos ao seu negócio.  

Assim, é preciso considerar:  

  • De onde vem o investimento para o meu negócio?  
  • Quanto meus clientes estão dispostos a pagar pelo meu produto?  
  • Como meus clientes irão pagar e com qual frequência? 

Como fazer um plano de negócio Canvas? 

Mesmo sua construção sendo super intuitiva, o Canvas é uma ferramenta muito completa e detalhada. Assim, fazer um bom plano de negócios leva tempo e deve considerar inúmeras nuances, sendo crucial estudar o mercado antes de estruturá-lo.  

Além disso, é preciso ter em mente que o modelo de negócios Canvas é rígido, é quase como um manual definitivo da prática do negócio. Dessa forma, fazer mudanças nele deve ser um processo mais longo, pois é preciso considerar diversos fatores antes de fazer uma alteração, por menor que ela seja.  

Nesse sentido, para fazer um plano de negócios Canvas, segue-se os passos: 

  1. Estude o mercado; 
  2. Reúna uma equipe e avalie opiniões; 
  3. Colha dados sobre cada elemento do Canvas;  
  4. Preencha o modelo Canvas; 
  5. Revise o resultado do plano de negócios elaborado.  

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