No artigo de hoje o assunto será a gestão de matéria prima na indústria de alimentos traz reflexões sobre o dia a dia das empresas em um nível operacional.

A ideia é analisarmos as diversas situações do ponto de vista de quem realiza o produto, e desta vez vamos abordar aqueles que são protagonistas do front da cadeia produtiva, ou seja, os insumos.

Iniciando sobre Gestão de Matéria Prima

Existem várias formas de classificação de insumos, como: matérias-primas, utilidades, embalagens, coadjuvantes do processo, etc.

As matérias-primas são parte integrante do produto, as utilidades vão permitir que a unidade industrial funcione, fornecendo energia para tal, as embalagens são cartões de visita, e assim vai.

O mais importante é entender que todos eles, independentemente de como as organizações os nomeiam, tem um papel fundamental na entrega, não só visando a Satisfação do Cliente, como também os impactos a longo prazo para o Meio Ambiente e na Saúde e Segurança de quem os consomem.

Sendo assim, podemos afirmar que é inegável os aspectos positivos ou negativos que os insumos podem gerar.

As organizações de maneira geral entendem claramente que sua responsabilidade vai muito além de entregar um produto ou serviço dentro de uma especificação acordada com seu cliente, e que as indústrias não são responsáveis apenas pelo que ocorre dentro de suas dependências.

Para muito além dos limites geográficos de uma unidade industrial, existe uma cadeia de stakeholders.

No dia a dia das operações, a empresa precisa ter uma visão clara dos riscos associados as matérias primas na indústria de alimentos.

As principais perguntas que devem ser respondidas são: diante de uma Não Conformidade causada por uma matéria-prima ou embalagem, quais seriam os prejuízos na saúde humana de quem consumiu o produto final?

Quais as legislações aplicáveis que não estariam sendo cumpridas? Quanto a imagem da marca e da organização será afetada?

Se uma utilidade deixa de abastecer a planta industrial, quantos clientes ficariam desabastecidos? Por fim, quais seriam as perdas financeiras?

Considerando os impactos negativos que um produto Não Conforme ou o desabastecimento de um cliente podem trazer para a empresa, é imprescindível que processos claros sejam determinados e executados, visando o desenvolvimento técnico de especificações apropriadas.

Além disso, é necessário determinar controles específicos para garantir que a empresa somente coloque em produção insumos que estão garantidamente dentro das conformidades.

COMO PREVER PROBLEMAS?

A primeira coisa que a organização precisar analisar de forma clara é quais são os riscos associados ao seu processo?

Conforme o artigo “O que é Gestão de Risco? Conceitos na Prática” aqui no Blog da Docnix:

risco pode ser definido como uma consequência de incertezas que podem acontecer dentro de um projeto, processo, atividade, entre outros.

A partir de uma boa gestão de riscos, a empresa poderá primeiramente definir, de acordo com uma classificação de nível de impactos, quais riscos serão eliminados, tratados ou até mesmo aceitos.

Com essas informações, já é possível determinar quais são os pontos de maior fragilidade e que, portanto, precisam de mais atenção.

Com isso aplicar controles operacionais para mitigar ou até mesmo eliminar fontes de problemas.

Não parece e não é simples planejar, fazer, checar e melhorar uma gestão de risco, e é nessa hora que muitas vezes o tema Insumos pode ser negligenciado, com a organização dando muito mais ênfase em processos produtivos e na liberação do produto final, o que pode ser um erro fatal.

Quando uma boa gestão de risco é aplicada no início do processo, muitos riscos podem ser mitigados nas etapas posteriores, evitando inclusive uma grande parte de controles e análises em processo e pós produção. Afinal, quando se tem insumos confiáveis, o processo tende a ser mais estável, e assim gerar produtos mais padronizados.

Para simplificar esse processo, a automatização, não só facilita o gerenciamento dos riscos, como também garante que todas as etapas do processo estão sendo constantemente abordadas e revisadas.

Para isso não deixe de adquirir um software de Gestão de Riscos.  

Gestão de matéria prima

Riscos identificados na matéria prima na indústria de alimentos, e agora?

Agora é pensar em padronizar processos e aplicar os controles operacionais necessários. Neste caso, o que deve ser feito dia após dia para que se garanta ao máximo que os insumos adquiridos estão em conformidade?

Nesta fase é fundamental analisar se há especificações determinadas, ou seja, é preciso avaliar se a organização informa de forma clara para seus fornecedores o que ela precisa receber.

Quem são os responsáveis por determinar os requisitos mínimos para que um insumo seja considerado conforme? Essas especificações estão atualizadas e disponíveis para quem for fechar a compra?

Normalmente a área responsável pelo desenvolvimento técnico do produto tem a incumbência de criar e gerenciar especificações, enquanto que a área de compra prospecta fornecedores capazes de atender aos requisitos técnicos.

Ou seja, o controle de documentos deve ser o mais robusto possível para que exista uma perfeita sincronia entre essas duas áreas.

Se a comunicação com o fornecedor foi realizada de forma satisfatória no momento da compra, o próximo passo é garantir que controles operacionais sejam determinados no recebimento dos insumos.

Isso significa que os profissionais que irão realizar esse recebimento devem ter plena ciência de qual insumo será recebido, e principalmente como ele fisicamente dará entrada na unidade industrial.

Imagine que o mesmo produto pode ser entregue pelo fornecedor em um tanque de 30 m3 transportado por uma carreta, ou em várias unidades de tambores de 200 litros, ou ainda em pequenas bombonas de 50 litros.

Dependendo do tipo de embalagem, a movimentação desse produto pode mudar drasticamente, trazendo diferentes características para o processo de recebimento e armazenamento.

Essas diferenças podem trazer impactos tanto do ponto de vista da qualidade, quanto dos aspectos que podem ser gerados ao meio ambiente e também em relação aos perigos à Saúde e Segurança dos colaboradores.

Garantir que o insumo adquirido é realmente o que foi comprado e está de acordo com a especificação acordada com o fornecedor é outro desafio.

Um bom plano de amostragem é um aliado perfeito para se ter uma base estatística confiável de que todo o lote está conforme.

Existem várias formas de determinar um plano de amostragem, e cada organização deve analisar qual é o mais adequado ao seu processo.

Neste caso, serão determinados o tamanho da amostra que é representativa de todo o lote entregue, como essas amostras serão coletadas, quais requisitos da especificação técnica serão avaliados e quais serão os métodos de análises.

Todas as informações levantadas até aqui, desde a avaliação de risco até a determinação do plano de amostragem, passando por todas as atividades necessárias até termos um bom insumo em estoque aguardando uma Ordem de Produção, devem ser garantidas pela organização.

Mas como garantir consistência no processo? Ou seja, como que a empresa mantém todas essas tarefas acontecendo todos os dias, por pessoas diferentes e com excelência?

Para responder essa pergunta devemos ter em mente que o mais importante é que os colaboradores tenham completo domínio de quais são e como as atividades em todo o processo devem ser executadas.

Para isso, todos os procedimentos, instruções de trabalho, check lists, etc, devem estar ao alcance dos trabalhadores.

As pessoas devem ser treinadas periodicamente em relação ao conteúdo desses documentos. No final das contas, erros podem acontecer, afinal de contas os recursos são humanos.

Porém, um bom gerenciamento de documentos e de treinamento e desenvolvimento podem ir diminuindo os riscos de erros de forma a torná-los inexistentes.

Para garantir que a comunicação esteja o mais clara possível, a automatização da Gestão de Documentações é essencial, pois ela evita que erros ocorram nos processos, garantindo que os procedimentos, instruções de trabalhos e etc estejam sempre vigentes em suas versões corretas.

Uma Gestão de Treinamentos e Desenvolvimento tem igual importância, pois a organização garante que treinamentos sejam aplicados e reciclados, de forma a manter colaboradores de alta performance.

Para isso você pode contar com um software de Gestão de Documentos e Treinamento e Desenvolvimento.

A gestão integrada

Uma Gestão Integrada ideal trabalha de forma orquestrada nas organizações, portanto é muito relevante destacar o quanto a Gestão da Qualidade, Meio Ambiente e Saúde e Segurança devem estar em sintonia.

De nada adiantaria ter um produto final especificado e com cliente satisfeito se a empresa não cumpre a legislação ambiental e trabalhista aplicável, coloca em risco a vida dos seus colaboradores e de sua comunidade, causa acidentes ambientais, etc.

Não é raro vermos notícias em que reportam grandes empresas que ficam com a imagem completamente comprometidas no mercado por problemas desta natureza por falhas nas matérias primas na indústria de alimentos.

Neste artigo a Gestão de Riscos ganhou destaque por ser fundamental para determinar controles operacionais, procedimentos, e metodologias que visam aumentar significativamente o sucesso dos resultados finais a partir do desenvolvimento, recebimento e manuseio dos insumos.

Porém, não só de qualidade do produto final uma empresa deve viver, pois um crescimento sustentável e seguro também depende de atividades e processos de alto nível do ponto de vista da Gestão Ambiental e de Saúde e Segurança.

As organizações devem levantar Aspectos e Impactos Ambientais e Perigos e Riscos Associados ao longo de toda da cadeia de valor, ou seja, desde seus fornecedores até o descarte final do produto.

A Gestão de Risco é protagonista neste ponto, pois análogo ao que já foi dito em relação à Gestão da Qualidade que engloba matérias primas na indústria de alimentos, é no momento em que se está identificando riscos que a organização deve estender seu olhar para as outras duas gestões.

Isso implica em trabalhar fortemente em, por exemplo, desenvolvimento de insumos que visam a segurança do colaborador ao manuseá-lo, treinando os mesmos de forma que os perigos e riscos, aspectos e impactos sejam considerados e entendidos.

O ideal é que sejam levantados todos os pontos da Gestão Integrada quando uma planta industrial é projetada, volumes de produção estejam sendo planejados, a destinação de resíduos está sendo determinada, equipamentos de proteção individual e coletiva estejam sendo avaliados.

A premissa mais básica de Sustentabilidade diz que a organização deve se desenvolver, porém mantendo o foco para além do lucro financeiro, considerando também a sua responsabilidade sócio ambiental.

Qualificando matérias primas na indústria de alimentos com o docnix

VAMOS FALAR UM POUCO DE SUSTENTABILIDADE

O objetivo aqui não é escrever um artigo científico sobre o tema, mas sim trazer uma breve reflexão do quão mandatório ele tem se tornado.

É nítido que ao longo dos anos o conceito de Sustentabilidade tem se espalhado na mídia, tem sido assunto entre as grandes potências mundiais, é palco de discussões políticas e o quanto as pessoas como indivíduos têm entendido que é necessário e que elas podem fazer diferença no seu dia a dia.

A pergunta a se fazer considerando o tema é: quanto tempo organizações que não acompanham o ritmo do mercado irão sobreviver sem iniciativas que as levem ao Desenvolvimento Sustentável?

Provavelmente estas empresas ficarão para trás em algum momento.

Trazer tais iniciativas para os negócios pode parecer extremamente complexo, mas um bom início é a implementação de uma boa Gestão Integrada, pois quando a questão ambiental e de Saúde e Segurança é vista de perto, dinheiro é economizado, o meio ambiente é preservado e responsabilidade social da empresa é exercida.

Concluindo sobre matéria prima na indústria de alimentos

Por fim, o intuito desse artigo é chamar a atenção para a importância de se iniciar um processo com excelência.

O sucesso que as organizações buscam está no produto final sendo consumido pelo seu cliente de forma satisfatória, segura e ambientalmente saudável.

Esse resultado pode ser atingido facilmente quanto este tem sua origem atrelada a um bom desenvolvimento de insumos, seu correto recebimento, amostragem e estocagem.

Cada organização tem sua complexidade, portanto a Gestão Integrada deve trazer padronização na medida certa, atingir positivamente seus colaboradores, fornecedores, clientes e todas as outras partes interessadas.

Com isto, as empresas garantem de forma sustentável um crescimento orgânico e com erros cada vez mais esporádicos.

Quando se fala em matérias primas na indústria de alimentos, todo cuidado é pouco! Atenção em cada etapa do processo é requisito mínimo para evitar possíveis riscos.

Aqui no Blog Docnix, você encontra varias opções de leitura sobre assuntos que com certeza vão te ajudar a entender melhor todo este mundo da Gestão de Qualidade.

Aproveite todo os materiais disponíveis, eles são produzidos para  com muito carinho para você.

Por Miriam Theodoro.

Jorge Pimenta

Copywriter, Coordenador de Marketing e Comunicação, em busca de um Brasil com mais qualidade #P1BMQ.

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