Atualmente, Economia Circular é um assunto que vem sendo debatido com frequência. Entretanto, seus conceitos podem ser compreendidos facilmente. 

Para isso, é importante entender que resíduos produzidos e descartados nos mais diferentes lares podem ser reaproveitados como insumos para a fabricação de novos produtos. 

Dessa forma, também é possível despertar a consciência para o tratamento adequado dos lixos orgânicos. 

Geralmente, eles são reutilizados para adubar a terra e as várias plantações que existem ao redor do planeta. Compreende? 

Você já ouviu dizer que na natureza nada se perde, tudo se transforma?

É justamente esse conceito que envolve a prática da Economia Circular. 

Quer saber mais? Então leia este artigo que preparamos exclusivamente para você. Vale a pena conferir! 

Economia Circular: o que é?

O principal fundamento da Economia Circular consiste em transformar o conceito tradicional a respeito do descarte dos lixos.

Dessa forma, a atividade se baseia em uma visão cíclica de produção. Nesse modelo, o lixo deixa de ser um elemento descartável e ganha o status de insumo reaproveitável.

A grande vantagem reside na prática da sustentabilidade, que é estimulada por meio de um mecanismo existente dentro dos ecossistemas naturais: o reaproveitamento.

Assim, a economia circular oferece diversos recursos em longo prazo, obedecendo aos procedimentos de reciclagem.

Com base nisso, é possível perceber a inclusão de um modelo econômico sustentável em parceria com o comércio global e suas tecnologias.

Porque aplicar o conceito? 

O mundo vem evoluindo com o crescimento populacional, aumento da procura e consequente pressão e preocupação do gerenciamento de recursos. 

Sublinhando a necessidade de ações e modelos sustentáveis, uma economia preocupada com o ecossistema e que ainda assegure o desenvolvimento econômico, melhoria da condição de vida, emprego e preservação de áreas verdes.  

O modelo econômico vigente que se baseia em uma cadeia linear confronta-se com questões relativas à disponibilidade de recursos naturais.  

Além disso, esse tipo de economia expõe os países e as empresas a riscos relacionados à volatilidade de preços e disponibilidade de recursos, como também na interrupção do fornecimento por escassez. 

Uma nova forma de se fazer negócio, através de uma economia “mais circular”, catalisada pela inovação ao longo de toda a cadeia de valor, é defendida como uma solução alternativa para minimizar consumos de materiais e perdas de energia. 

Benefícios e Impactos 

A economia circular, como citado anteriormente, pode trazer uma série de benefícios para sociedade.  

A base dessa economia distingue-se em um modelo econômico que foca na sustentabilidade e na manutenção de produtos, garantindo que os materiais durem mais e possam retornar para o ciclo econômico. 

Este modelo econômico fornece benefícios de curto prazo e oportunidades estratégicas de longo prazo.  

Abaixo estão destacados alguns dos principais benefícios e potenciais impactos de se adotar a economia circular 

  • Novos modelos de negócios, com foco na reutilização, reciclagem, redução e recuperação de produtos; 
  • Maior volatilidade no preço das matérias-primas e limitação dos riscos de fornecimento; 
  • Novas relações com o cliente, programas de retoma, novos modelos de negócio; 
  • Melhorar a competitividade da economia; 
  • Contribuir para a conservação do capital natural, redução das emissões e resíduos e combate às alterações climáticas. 

Com tudo que foi apresentado, podemos entender a importância de se adotar uma economia mais “verde” é de extrema urgência substituindo nosso modelo econômico atual, para que possamos garantir um futuro mais sustentável e próspero para todos. 

Economia circular e logística reversa: Qual a diferença?

A ideia da economia circular anda de mãos dadas com o conceito de logística reversa, já que a base da economia circular seria:

● reuso, por parte do próprio consumidor final;
● remanufatura, a reutilização que consiste nas etapas de desmontagem do produto usado, na limpeza de suas peças, na reparação ou substituição de peças danificadas e em testes de qualidade do produto;
● updating, no caso de produtos eletro-eletrônico;
● remontagem (do produto) que deverá apresentar perfeitas condições;
● reciclagem que em nível industrial é o processo de transformar resíduos ou produtos inúteis e descartáveis em novos materiais ou produtos de maior valor, uso ou qualidade.

A logística reversa, que é um conjunto de meios que leva a coleta e a devolução dos resíduos sólidos ao setor empresarial, está ligada às etapas de remanufatura e reciclagem na economia circular.

Ambos esses conceitos estão diretamente ligados à responsabilidade que todos têm pelo ciclo de vida de um produto, para que ele seja reaproveitado em seu ciclo produtivo.

Cada setor envolvido no processo de produção tem um dever na logística reversa. São eles:

  • consumidores devolverem produtos inutilizados em locais específicos;
  • comerciantes instalarem locais para a devolução;
  • indústrias retirarem os produtos e reciclá-los ou reutilizá-los;
  • governo promover conscientização para consumidores e fiscalizar as etapas.

Em nosso blog você encontra um artigo que explica melhor a logística reversa, você pode acessar aqui.

Economia Circular

O Diagrama Borboleta na Economia Circular

O Diagrama Borboleta é descrito como ferramenta valiosa capaz de auxiliar o processo de compreensão da Economia Circular.

Por meio dele, uma imagem consegue ampliar a percepção holística a respeito das principais funcionalidades do modelo aplicado.

Desse modo, é possível compreender as alterações sugeridas e as diversas soluções facilitadoras do processo de transição.

O processo de transição para a Economia Circular 

Atualmente, existem três princípios capazes de orientar as etapas de transição para Economia Circular. Confira! 

 

  1. Preservar o capital natural

Se o objetivo consiste em realizar uma transição saudável para a Economia Circular, é interessante preservar o capital natural. 

Dessa forma, será possível utilizar os recursos finitos de maneira eficaz, harmonizando, assim, o uso dos recursos renováveis. 

Com base nisso, é possível observar que o topo do Diagrama Borboleta sugere uma divisão entre as matérias-primas renováveis, estabelecidas por meio dos nutrientes biológicos, e os nutrientes técnicos ou elementos finitos. 

Algumas características particulares definem esses tipos de ciclo: 

  • Nutrientes biológicos: além da capacidade de renovação, eles se decompõem quando são devolvidos à natureza. Exemplos: papel, madeira e algodão.
  • Nutrientes técnicos: eles são finitos, portanto, não entram no processo de decomposição. Por essa razão é interessante prolongar o seu tempo de vida útil até o limite da sua funcionalidade. Exemplos: ferro e plásticos.

Diante dessa realidade, o modelo dos produtos deve facilitar a separação dos seus componentes, permitindo o encaminhamento para o ciclo indicado. O design modular é uma boa opção.

Os materiais devem ser selecionados corretamente.

É importante eliminar os componentes tóxicos, para garantir a segurança dos procedimentos, protegendo, dessa maneira, a saúde pública e ambiental.

2. Potenciar a utilidade dos produtos, componentes e matérias-primas 

O objetivo é manter esses elementos circulando no mercado até que o auge das suas capacidades seja atingido.

Sobre esta base, é notável um processo de distinção entre os fabricantes dos produtos e os produtores dos componentes reutilizáveis.

É justamente essa divisão que estimula a uniformização dos elementos, auxiliando a reintrodução deles no mercado econômico.

Dessa forma, pode-se mencionar que os comerciantes de produtos deram lugar aos chamados prestadores de serviço, que trabalham com base no processo do reaproveitamento.

Por que motivo? Esse modelo tende a favorecer os tipos de empreendimentos que trabalham com a reutilização dos recursos, proporcionando uma vantagem competitiva para essa segmentação.

Outro aspecto importante consiste na separação dos conceitos de consumidor e de utilizador.

Com base nisso, os nutrientes biológicos são elementos consumíveis, enfatizando a atividade dos consumidores.

Esses elementos podem ser representados por alimentos, roupas, papel, entre outros recursos fundamentais.

Já os nutrientes técnicos são bens utilizáveis, trazendo à tona a imagem do utilizador. Eles se materializam em bens como bicicletas, ferramentas, eletrodomésticos etc.

Desse modo, ao se tratar dos nutrientes biológicos, uma boa solução consiste no processo de reutilização em cascata.

Ele permite o reaproveitamento cíclico dos recursos para diversas possibilidades de utilização.

Um forte exemplo trata-se dos tecidos naturais confeccionados com algodão orgânico.

Esse componente pode ser utilizado para a fabricação de roupas, pufes e almofadas, entre outros produtos de grande expressão no mercado.

Ao se tratar do ciclo dos nutrientes técnicos, é preciso ter em mente que eles utilizam alternativas destinadas a restaurar os estoques dos recursos finitos.

Desse modo, o objetivo é estimular a busca por soluções para ampliar o tempo de vida dos produtos e dos elementos.

Primeiramente, devem ser identificadas algumas alternativas de reparação e manutenção dos produtos, prolongando assim o prazo de validade.

Também é recomendado utilizar esses recursos de forma compartilhada. Mas como fazer isso? Existem algumas maneiras. Confira!

  • Devem ser oferecidos canais que de coleta, manutenção e redistribuição para todas as pessoas que almejam se desfazer de determinados produtos. 
  • Uma mercadoria obsoleta não é passível de reparação. Portanto, sua descontinuação é recomendada. Entretanto, alguns componentes tendem a ser reaproveitados para a fabricação de novas peças. 
  • Quando essas soluções não forem viáveis, é fundamental estudar e praticar os melhores procedimentos de descarte. 

Economia Circular

Desenvolver sistemas eficazes que minimizam as externalidades negativas

Sobre essa ótica, é essencial desenvolver sistemas eficientes com o objetivo de reduzir a quantidade de resíduos destinados aos aterros sanitários e as externalidades negativas.

Mediante a aplicação e utilização contínua deste procedimento por parte das indústrias a das comunidades, é possível trabalhar esse aspecto, bem como as formas de externalidades negativas produzidas pelas atividades industriais.

O foco principal deve estar na base da construção de sistemas promissores com base na Economia Circular.

Eles devem apresentar a capacidade de fornecer soluções para as comunidades onde estão inseridos.

Por esse intermédio, será possível resolver os problemas provenientes de diversas naturezas, agregando um valor significativo para todas as partes envolvidas no processo.

Economia Circular e o C2C

Um dos meios que podem ser utilizados pela economia circular é a metodologia de design C2C/Cradle to Cradle (do berço ao berço).

Ela estabelece a criação de produtos, materiais, componentes e processos industriais por sistemas cíclicos aproveitando ao máximo seu valor.

Medidas tomadas para minimizar impactos e reduzir danos através da eficiência de processos produtivos não são mais suficientes para lidar com as questões ambientais atuais.

Visto que a produção ainda extrai recursos, gerando resíduos (mesmo que em menor quantidade).

Então, buscaram-se soluções que tornassem a indústria uma força positiva e não apenas menos destrutiva.

Na abordagem Cradle to Cradle, o processo é saudável e circular, ou seja, os resíduos são introduzidos novamente como nutrientes e, segundo este método, é possível que a natureza, economia e sociedade convivam em harmonia.

Um dos principais fundamentos é ter nutrientes como resíduos. Como isso seria possível?

Os materiais e suas propriedades devem ser estudados por meio de um inventário que contém suas respectivas informações, sejam elas saudáveis ou não.

Assim, as substâncias não tão benéficas seriam substituídas por outras que sejam positivas.

Os produtos a serem usados também devem ser passíveis de se tornarem nutritivos para os metabolismos técnicos e biológicos, tendo um retorno seguro e nutritivo à biosfera.

Além disso, outro fundamento importante é a utilização da fonte solar no máximo potencial do sistema Cradle to Cradle, já que é uma energia que entra constantemente e considerada renovável.

Qual o futuro da economia circular?

A transformação está em andamento e ainda há muita margem para debates, críticas, inovações e pressões sociais. Mas algumas grandes tendências já se desenham:

  • Fortalecimento de políticas públicas mais rígidas para a gestão de resíduos;
  • Crescimento da utilização de refis pelas empresas;
  • Reciclagem de químicos em escala comercial;
  • Responsabilização de setores industriais específicos pelo resíduo gerado. Exemplo: setor de vestuário, com potencial de fomentar novas visões em oposição ao fast fashion;
  • Abolição de produtos tóxicos no sistema produtivo.

Tendências ganham tração e se tornam realidade por meio de pressões efetivas da sociedade. Por isso, a difusão de informação e a conscientização são tão importantes para que mudanças positivas para a sustentabilidade ambiental e social possam acontecer.

Conclusões

Para alcançar uma economia circular, finalmente, deve-se olhar para o contexto, para a necessidade dos usuários e saber trabalhar o potencial de cada situação, otimizando recursos e resultados.

É importante manter os processos sempre inclusivos e acessíveis, além de sustentáveis, tornando-os justos para cada parte da cadeia produtiva, no Brasil está cultura vem ganhando espaço e reconhecimento.

Conforme a Futuro do Plástico:

“Países latino-americanos precisam explorar o potencial da região para alavancar suas iniciativas em economia circular. Parcerias regionais e globais são o caminho para progredir.”

Após conhecer um pouco mais as questões que envolvem a Economia Circular, aproveite para entrar em nosso site e solicitar uma demonstração das nossas soluções.

Jorge Pimenta

Copywriter, Coordenador de Marketing e Comunicação, em busca de um Brasil com mais qualidade #P1BMQ.

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