Você já ouviu falar nos ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? São uma iniciativa da ONU para assegurar os direitos humanos, erradicar a pobreza, reduzir a desigualdade, entre outros.
O apelo da organização é que esses objetivos sejam um esforço conjunto da iniciativa pública, privada e da sociedade civil.
Na iniciativa privada, os ODS estão profundamente conectados com a Global Reporting Initiative (GRI).
A seguir, entenda um pouco mais sobre os ODS, qual o seu objetivo principal e como a sua empresa pode contribuir com eles.
Entenda também o que é a GRI e o que ela tem a ver com os ODS. Confira conosco e tire todas as suas dúvidas.
O que são os ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável? Quando e como eles surgiram?
Os ODS são os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Como já comentamos, trata-se de uma iniciativa da ONU que lista 17 objetivos, interconectados entre si, abordando os principais desafios de desenvolvimento enfrentados pelo planeta.
Esses 17 objetivos ramificam-se em 169 metas a serem atingidas. Eles estão divididos em quatro dimensões diferentes: social, ambiental, econômica e institucional.
A principal base para o seu desenvolvimento foram os ODM, ou Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que haviam sido propostos no ano 2000.
A partir dos avanços desses oito objetivos, propôs-se a continuidade do trabalho com novos objetivos e metas.
Entre os objetivos estão a erradicação da pobreza, a segurança alimentar, redução das desigualdades, acesso à água e energia para todos e também ações contra as mudanças climáticas.
Os objetivos dependem um do outro, e são universais, podendo ser adaptados à realidade de cada país.
A agenda foi adotada em 2015, a partir da Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, mas esse assunto já vem sendo abordado em fóruns internacionais há muitos anos.
A ideia é que todos os países que aderiram aos ODS atinjam os objetivos até o ano de 2030.
Quais são os 17 objetivos da iniciativa ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?
A seguir, resumiremos em poucas palavras cada um dos ODS, de acordo com a definição do pacto global, de acordo com a ODS.
1 – Erradicação da pobreza: acabar com a pobreza em todas as suas formas e em todos os lugares.
Para tratar essa questão, até 2030, os países precisam adotar planos de ação para reduzir, pelo menos à metade, a proporção de homens, mulheres e crianças, de todas as idades, vivendo na pobreza, em todas as suas dimensões.
É preciso também garantir direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso a serviços básicos, propriedade e controle sobre a terra e recursos naturais para os cidadãos, com foco naqueles em situação de mais vulnerabilidade.
Além de reduzir a exposição e sua fragilidade diante eventos extremos relacionados ao clima e outros choques e desastres econômicos, sociais e ambientais.
2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável: alcançar a segurança alimentar universal, melhoria da nutrição e acabar com a fome.
Para erradicar a fome, má nutrição e garantir alimentação suficiente para todos, principalmente nos primeiros anos de vida, é preciso investir em sistemas sustentáveis de produção de alimentos.
Implementar práticas agrícolas responsáveis para fortalecer a capacidade do meio ambiente à adaptação às diversidades climáticas como secas, aquecimento global, inundações entre outros.
Outra meta a se destacar é a busca pelo aumento da produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres e agricultores familiares bem como atender às necessidades nutricionais dos adolescentes, mulheres grávidas e lactantes e pessoas idosas.
3 – Saúde e Bem-Estar: promover o bem-estar e assegurar uma vida saudável a todas as pessoas em todas as faixas etárias.
Doenças como a tuberculose, malária, hepatite e doenças transmitidas pela água são pontos de atenção e o objetivo é erradicá-las até o ano de 2030.
Para cumprir essa meta deve-se aumentar consideravelmente o financiamento da saúde, o recrutamento, desenvolvimento, formação, e retenção de profissionais da saúde principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil.
4 – Educação de Qualidade: assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, promovendo oportunidades de aprendizagem para todos.
O quarto ODS, entende como essencial a promoção de uma educação inclusiva, igualitária e baseada nos princípios de direitos humanos e desenvolvimento sustentável.
Para o atingimento do Objetivo, metas como o aumento do contingente de professores qualificados, inclusive por meio da cooperação internacional para a formação dos profissionais.
Incluindo a melhoria nas instalações educacionais adequadas às crianças com necessidades especiais e a promoção de um ambiente seguros, não violentos e inclusivos são pontos a se destacar.
5 – Igualdade de gênero: empoderar todas as mulheres e meninas e alcançar a igualdade de gênero.
A igualdade de gênero não é apenas um direito humano básico, mas também uma base necessária para a construção de um mundo pacífico, próspero e sustentável.
Dentre as metas estabelecidas podemos destacar a adoção e fortalecimento de políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas, em todos os níveis.
Oferecer às mulheres direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso à propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, serviços financeiros, herança e recursos naturais, de acordo com as leis nacionais.
6 – Água potável e saneamento: assegurar a disponibilidade e a gestão de água e saneamento para todos.
A água está no centro do desenvolvimento sustentável e das suas três dimensões – ambiental, econômica e social.
Apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais, para melhorar a gestão da água e do saneamento é de suma importância para a preservação do recurso natural e contribuir com um desenvolvimento responsável.
Ao se alinhar aos ODS, os países precisam implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis, inclusive via cooperação entre fronteiras, até 2030.
É preciso também melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo à metade a proporção de águas residuais não tratadas, e aumentando substancialmente a reciclagem e reutilização segura global.
7 – Energia limpa e acessível: garantir o acesso universal a fontes de energia limpas e sustentáveis.
Para a transição ocorrer de forma responsável até 2030, os países, principalmente aqueles em desenvolvimento, precisam expandir a infraestrutura e modernizar a tecnologia para o fornecimento de serviços de energia modernos e sustentáveis.
Também é preciso reforçar a cooperação internacional para facilitar o acesso à pesquisa e tecnologias de energia limpa, incluindo energias renováveis, eficiência energética e tecnologias de combustíveis fósseis avançadas e mais limpas.
8 – Trabalho decente e crescimento econômico: promover o crescimento econômico sustentável e o emprego pleno e produtivo para todos.
Até 2030, os países precisam desenvolver e operacionalizar uma estratégia global para o emprego dos jovens e implementar o Pacto Mundial para o Emprego da Organização Internacional do Trabalho, reduzir substancialmente a proporção de jovens sem emprego, educação ou formação.
Também precisam melhorar progressivamente, a eficiência dos recursos globais no consumo e na produção, e empenhar-se para dissociar o crescimento econômico da degradação ambiental.
De acordo com o Plano Decenal de Programas Sobre Produção e Consumo Sustentáveis, com os países desenvolvidos assumindo a liderança.
9 – Indústria, inovação e infraestrutura: fomentar a inovação e promover a industrialização inclusiva.
Para cumprimento do nono Objetivo, os países precisam apoiar o desenvolvimento tecnológico, a pesquisa e a inovação nacionais nos países em desenvolvimento.
Inclusive garantindo um ambiente político propício para, entre outras coisas, diversificação industrial e agregação de valor às commodities.
Facilitar o desenvolvimento de infraestrutura sustentável e robusta em países em desenvolvimento, por meio de maior apoio financeiro, tecnológico e técnico aos países africanos, aos países de menor desenvolvimento relativo, aos países em desenvolvimento sem litoral e aos pequenos Estados insulares em desenvolvimento.
Aumentar o acesso das pequenas indústrias e outras empresas, particularmente em países em desenvolvimento, aos serviços financeiros, incluindo crédito acessível e sua integração em cadeias de valor e mercados.
10 – Redução das desigualdades: reduzir as desigualdades de forma geral mundo afora.
A nível global, os países devem garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades de resultado, inclusive por meio da eliminação de leis, políticas e práticas discriminatórias e promover legislação, políticas e ações adequadas a este respeito.
Adotar políticas, especialmente fiscal, salarial e políticas de proteção social, e alcançar progressivamente uma maior igualdade.
Além de, progressivamente, alcançar e sustentar o crescimento da renda dos 40% da população mais pobre a uma taxa maior que a média nacional
11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis: garantia de assentamentos humanos inclusivos, seguros e sustentáveis.
Até 2030 os países precisam reduzir o impacto ambiental negativo perca pita das cidades.
Inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros, fortalecendo esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo.
Também precisam aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e a capacidade para o planejamento e a gestão participativa, integrada e sustentável dos assentamentos humanos, em todos os países.
Assim proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, sustentáveis e a preço acessível para todos.
Melhorando a segurança rodoviária por meio da expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e idosos.
12 – Consumo e Produção Responsáveis: assegurar padrões de consumo e produção sustentáveis e justos.
Incentivar as empresas, especialmente as grandes e transnacionais, a adotar práticas sustentáveis e a integrar informações de sustentabilidade em seu ciclo de relatórios.
Até 2030, reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial, em nível de varejo e do consumidor.
Reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita.
Desenvolver e implementar ferramentas para monitorar os impactos do desenvolvimento sustentável para o turismo sustentável que gera empregos, promove a cultura e os produtos locais.
13 – Ação contra a Mudança Global do Clima: reduzir o impacto das mudanças climáticas e tomar medidas urgentes para reverter o quadro.
Dentre as metas aplicáveis à nível global destacam-se: promover mecanismos para a criação de capacidades para o planejamento relacionado à mudança do clima e à gestão eficaz, nos países menos desenvolvidos, inclusive com foco em mulheres, jovens, comunidades locais e marginalizadas.
Implementar o compromisso assumido pelos países desenvolvidos partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima para a meta de mobilizar todas as fontes, para atender às necessidades dos países em desenvolvimento.
No contexto de ações significativas de mitigação e transparência na implementação; e operacionalizar plenamente o Fundo Verde para o Clima, por meio de sua capitalização, o mais cedo possível.
Além de integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planejamentos nacionais.
14 – Vida na água: promover o uso sustentável dos recursos marinhos e proteger a biodiversidade.
Até 2030, os países devem aumentar os benefícios econômicos para os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países de menor desenvolvimento relativo, a partir do uso sustentável dos recursos marinhos, inclusive por meio de uma gestão sustentável da pesca, aquicultura e turismo.
Assegurar a conservação e o uso sustentável dos oceanos e seus recursos pela implementação do direito internacional, como refletido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Que provê o arcabouço legal para a conservação e utilização sustentável dos oceanos e dos seus recursos, conforme registrado no parágrafo 158 do “Futuro Que Queremos”.
15 – Vida terrestre: recuperar os ecossistemas terrestres e promover o seu uso sustentável.
Os países precisam tomar medidas urgentes para acabar com a caça ilegal e o tráfico de espécies da flora e fauna protegidas, e abordar tanto a demanda quanto a oferta de produtos ilegais da vida selvagem.
Tomar medidas urgentes e significativas para reduzir a degradação de habitat naturais, estancar a perda de biodiversidade.
Proteger e evitar a extinção de espécies ameaçadas, além de , promover a implementação da gestão sustentável de todos os tipos de florestas:
- Deter o desmatamento,
- Restaurar florestas degradadas e
- Aumentar substancialmente
- Florestamento
- Reflorestamento globalmente.
16 – Paz, justiça e instituições eficazes: acesso à justiça para todos e promoção de sociedades pacíficas e igualitárias.
Para cumprir com este ODS, os países devem fornecer identidade legal para todos, incluindo o registro de nascimento, ampliar e fortalecer a participação dos países em desenvolvimento nas instituições de governança global.
Garantir a tomada de decisão responsiva, inclusiva, participativa e representativa em todos os níveis e desenvolver instituições eficazes, responsáveis e transparentes em todos os níveis e reduzir substancialmente a corrupção e o suborno em todas as suas formas.
17 – Parcerias e meios de implementação: revitalizar a parceria global para implantação de medidas de desenvolvimento sustentável.
Ajudar os países em desenvolvimento a alcançar a sustentabilidade da dívida de longo prazo, por meio de políticas coordenadas destinadas a promover o financiamento, a redução e a reestruturação da dívida.
Conforme apropriado, e tratar da dívida externa dos países pobres altamente endividados para reduzir o superendividamento.
Reforçar a parceria global para o desenvolvimento sustentável complementada por parcerias multissetoriais.
Que mobilizem e compartilhem conhecimento, experiência, tecnologia e recursos financeiros para apoiar a realização dos objetivos do desenvolvimento sustentável em todos os países, particularmente nos países em desenvolvimento.
Aumentar a coerência das políticas para o desenvolvimento sustentável e estabilidade macroeconômica global, inclusive por meio da coordenação e da coerência de políticas.
Como implementar ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na minha empresa?
Como pudemos perceber, os ODS são muito amplos, e não podem ser atingidos apenas com ações governamentais.
É aí que entra o Pacto Global, iniciativa da ONU que incentiva as empresas a engajarem-se na implantação de ações que atinjam esses objetivos.
Para implantá-los na sua empresa, não há uma regra universal: tudo depende do seu setor de atuação.
Porém, é essencial prestar uma atenção especial ao objetivo 13, relacionado ao meio ambiente, e ao objetivo 12, sobre consumo e produção responsáveis.
Juntando-se ao Pacto Global, a sua empresa se compromete a criar estratégias de desenvolvimento que estejam de acordo com os ODS mais relevantes para a sua atividade.
Trata-se de algo imperativo atualmente, uma vez que o desenvolvimento sustentável é uma preocupação e dever de todos os indivíduos.
Não estar alinhado a eles pode inclusive colocar em risco a perenidade das operações de sua empresa.
Além disso, a implantação dos ODS traz diversas vantagens às empresas, incluindo em relação à imagem.
Qual a relação da GRI com os ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável?
Tudo bem, no papel essa implantação dos ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na empresa é muito bonita.
Porém, não são poucas as empresas que têm dificuldade em descobrir onde focar seus esforços e definir as suas frentes de atuação.
Então, como garantir um desenvolvimento sustentável na companhia?
Uma das formas de se fazer isso é através da iniciativa GRI (Global Reporting Initiative).
Trata-se de uma organização independente, cujo objetivo é ajudar empresas, governos e ONGs a entender seu impacto ambiental e a gerar e analisar relatórios sobre sua sustentabilidade.
Sendo utilizada há mais de vinte anos, a GRI é constantemente atualizada para se manter em dia com os padrões de sustentabilidade e as necessidades dos envolvidos.
Muitos países mundo afora utilizam o GRI como base para a geração de seus relatórios de desenvolvimento sustentável.
Para a realidade brasileira, porém, é preciso que o GRI seja levemente adaptado, uma vez que nossa diversidade de ecossistemas não permite a utilização de um padrão único.
Agora que você entendeu a importância do desenvolvimento sustentável e dos relatórios da GRI, conheça as soluções da DOCNIX.
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